O pé diabético é uma complicação frequente no paciente diabético de longa data, e que, se não tratada a tempo, pode levar à amputação do pé e até a morte.
Ela acomete as pessoas portadoras de diabetes que estão com as taxas de glicose mal controladas, sendo que os principais sintomas são decorrentes de complicações crônicas do diabetes: lesões dos nervos (neuropatia periférica), lesões dos vasos sanguíneos e agravado por infecção.
Na maioria dos casos, um pequeno trauma no pé, causado pelo sapato inadequado, por exemplo, inicia a lesão no pé que pode se estender se não for tratada a tempo.
Lesões, aparentemente simples, em uma pessoa com neuropatia e/ou obstruções vasculares causadas pelo diabetes podem ser extremamente graves:
Lesão no pé como bolha, erosão, pequeno corte ou úlcera;
Micoses nos pés;
Calosidades;
Dedos em forma de garra;
Inflamação óssea.
Amputações por pé diabético
Dados do Ministério da Saúde mostram que 70% das amputações de membros inferiores no Brasil são decorrentes do pé diabético, sendo necessários cerca de 60 mil procedimentos por ano. 5% dessas amputações são precedidas de úlceras e mais de 50% dos casos acontecem em pessoas com mais de 60 anos.
Para o cirurgião vascular da Angiomedi, Antônio Carlos de Souza, o problema é que grande parte desses pacientes não conseguem acesso a tratamentos na saúde suplementar.
“A dificuldade para obter esse atendimento especializado aumenta os riscos da evolução da doença, fazendo com que muitas vezes, o paciente comece o tratamento quando não há mais chances de cura.”
Prevenção do pé diabético
Mas a boa notícia é que a doença é evitável. A medida de maior impacto é a prevenção! Com algumas medidas simples, o diabético pode evitar as complicações, como:
Controlar as taxas glicêmicas, fazendo check-ups regularmente;
Inspecionar diariamente os pés, procurando por feridas causadas por pequenos ferimentos e alterações (no caso de impossibilidade em fazer a análise, pedir ajuda);
Lavar os pés diariamente com água morna e secar bem, especialmente entre os dedos;
Trocar as meias todos os dias e evitar aquelas com costuras internas ou externas;
Evitar cuidar dos ferimentos por conta própria, procurando sempre a ajuda de um profissional.