Atenção: estas orientações não substituem a consulta com o seu médico angiologista e cirurgião vascular. É muito importante que você leia estas orientações e discuta com o seu médico. Só faça o tratamento após se sentir segura(o).
Perguntas frequentes sobre cirurgia de varizes
Não. Em poucas situações a cirurgia é imperativa. No caso de complicações, por exemplo, varizes grossas, varizes em pessoas que apresentam sintomas apesar do tratamento clínico bem feito, a cirurgia geralmente é indicada.
As pessoas que apresentam varizes grossas, associadas a inchaço e escurecimento das pernas na região próxima aos tornozelos, podem vir a apresentar úlcera (ferida) varicosa. Alguns tipos específicos de varizes podem sangrar ou causar flebites, que é a formação de coágulos dentro do vaso.
As cicatrizes deixaram de ser um problema para as pessoas que operam de varizes pois as incisões são cada vez menores, são mínimas.
O fato é que algumas pessoas têm tendência a apresentar queloides ou cicatrizes hipertróficas, mas essa situação geralmente já é conhecida e discutida durante a consulta, além de estas complicações serem muito raras nas pernas.
O que é mais comum: manchas escuras que podem ficar nos locais de manipulação cirúrgica e nos trajetos das varizes.
A maioria das manchas que acontecem após as cirurgias desaparecem com o tempo. Entretanto, em algumas pessoas pode demorar mais tempo.
Enquanto, por um lado , as varizes só aumentam com o passar do tempo, as manchas, se for o caso, tendem a diminuir, com ou sem o tratamento da pele.
A cirurgia de varizes é realizada em regime ambulatorial pois normalmente a pessoa recebe alta no mesmo dia.
Você deverá estar de jejum, até de água, por 8 (oito) horas antes do procedimento. No dia da cirurgia um médico da equipe irá marcar os trajetos varicosos com uma caneta de tinta indelével, na posição de pé, possibilitando a identificação e a retirada das varizes após estar na posição deitada.
O anestesiologista irá conversar com você, saber os medicamentos que usa, saber de antecedentes médicos ou de alergias, ajudando na escolha do melhor tipo de anestesia para a situação.
A sala cirúrgica geralmente é um ambiente frio e cobertores serão disponibilizados se for preciso.
Ao término da cirurgia você será encaminhada à sala de recuperação anestésica, dentro do Centro Cirúrgico por um período variável de uma a duas horas.
Após este período irá para o quarto para continuar a se recuperar. Após o término do efeito anestésico, poderá beber líquido e alimentar-se.
Na maioria das vezes já poderá andar no quarto. Suas pernas estão enfaixadas e deverão permanecer elevadas, evitando a posição de pé parada ou sentada.
Não. Normalmente sentirá uma ardência no trajeto das varizes que foram operadas. No entanto, se ficar muito na posição de pé ou sentada, poderá sentir as pernas pesadas.
Haverá manchas roxas e esparadrapo antialérgico (fitas) cobrindo as incisões. Estas fitas não devem ser retiradas pois funcionam como um ponto falso, já que não há pontos de fio na pele normalmente.
Com o passar dos dias, haverá nodulações debaixo da pele que correspondem a cicatrizes nos locais onde foram retiradas as varizes.
Febre, dor intensa nas pernas, inchaço, endurecimento da panturrilha (barriga da perna), tosse, falta de ar. Você deve se sentir bem! Em caso de dúvidas, ligue para o médico.
Sim. Após sumir as manchas roxas (equimoses), você notará alguns vasinhos. O tratamento cirúrgico é indicado para tratar as varizes (veias doentes, tortuosas, alongadas e elevadas) e não para tratar os vasinhos.
Os vasinhos podem levar a desconforto estético e são tratados com escleroterapia (aplicações) após o procedimento cirúrgico, no consultório.
Você poderá optar por realizar algumas aplicações nos vasinhos durante a cirurgia. Esta escolha é muito vantajosa porque não irá sentir dor e irá diminuir, em muito, o número de sessões a ser realizada no consultório.
Durante a cirurgia podemos, então, realizar aplicações na maioria dos vasinhos, independente da quantidade.
Sim. Você sempre vai encontrar vasinhos nas pernas, mesmo se você realizar aplicações durante a cirurgia. Não há como saber quantos vasinhos irão desaparecer.
Em algumas pessoas, a maioria dos vasinhos desaparecerá, em outros, um pouco menos, sendo necessário continuar o tratamento no consultório.
Mesmo após 8 semanas, haverá algumas marcas e nódulos debaixo da pele. Isto é esperado! Na maioria das vezes vai notar vasinhos, que geralmente estão mais “fracos”.
Neste retorno vamos esclarecer dúvidas, orientar sobre o estilo de vida a partir desta fase e pode-se programar o tratamento cosmético dos vasinhos restantes.
Como as varizes nutridoras foram retiradas, este é um bom momento para se iniciar as aplicações. Mesmo quem já realizou aplicações durante a cirurgia, poderá necessitar de algumas sessões novamente.
Sim. Para as varizes de grossas, o tratamento padrão é a cirurgia. Para as outras situações, é possível a utilização e/ou a associação de outras técnicas como a escleroterapia química convencional e crioesclerose, a espuma densa e laser.
Não existe nenhum tratamento definitivo para as varizes, e a melhor abordagem terapêutica tem sido a associação de técnicas – utilizar mais de uma alternativa terapêutica juntas.
Discuta estas opções com o seu médico! Se as varizes te causam desconforto, incômodo estético ou se há até o receio do tratamento cirúrgico, há diversas opções com baixo risco, não desista de cuidar.
Avaliação de risco de lipedema
Devido à falta de exames específicos e à pouca familiaridade médica com os critérios da doença, o diagnóstico do lipedema pode ser mascarado por outras comorbidades.
É o caso de linfedema, desproporção do formato do corpo, lipo-hipertrofia e obesidade em “forma de pêra”, entre outros problemas.
Por isso, o angiologista e cirurgião vascular é o médico que está capacitado para fazer o diagnóstico do lipedema, porque lida todos os dias com edemas em membros inferiores.
Não há cura para o lipedema, mas os sintomas clínicos podem ser minimizadas por meio de drenagem linfática manual, terapia compressiva, exercícios e cuidados com a pele, dieta e atividade física e até tratamento cirúrgico.
A avaliação de lipedema pode ser medido por especialista considerando o índice cintura-perna-circunferência, o índice de massa corpórea, o score das atividades diárias, a queixa de dores e a qualidade de vida do paciente.